domingo, 23 de outubro de 2011

JATENE NÃO VALORIZA EDUCADORES

A desvalorização dos professores por parte do Governador do Estado, Simão Jatene, é lamentável. Eles não costumam mais serem lembrados como eram antes. A profissão já não gera tanto interesse. É inegável o valor que o professor tem para a sociedade, no que diz respeito à formação de cidadãos mais íntegros e a preparação para o futuro da vida.

A greve em andamento durante os dias de paralisação envolveu o Dia do professor, em 15 de outubro. A data foi celebrada pela primeira vez em 1947, em uma pequena escola de São Paulo. Mais do que ser lembrado, o profissional da educação espera mesmo é ser valorizado, antes de tudo.

Na jornada de trabalho somam cerca de dez horas só em sala de aula. Acrescente-se outras atividades, como elaborar projetos, fazer pesquisas, correção de provas e organização de apostilas. Todas estas tarefas resultam em um salário que não compensa tanta dedicação. Sabemos que atualmente o valor do piso salarial para professores da rede pública de ensino foi fixado em R$ 1.187,97 mensais para 40 horas por semana.

Os professores da rede estadual estão em greve, reivindicando o cumprimento da lei referente ao piso salarial. A falta de respeito por parte do governo do Estado do Pará, que segue o exemplo de muitos, vem prejudicando quem se dedica ao ensino nas escolas. Membros da administração pública estão mentindo o tempo todo, dizendo que faltam recursos para atender as reivindicações. Todos sabem que dinheiro existe, porém, a educação não é prioridade.

Até o início desta semana professores da rede pública não retornaram às aulas. Continuam em greve e não voltam de imediato. Conforme assessoria jurídica do SINTEPP, não é o Juiz que determina quando se tem de voltar ao trabalho. A decisão é da classe que resolve em assembléia geral quando deve voltar ou não. Os professores vêm reivindicando pagamento imediato da diferença entre o que receberam atualmente e o piso salarial nacional do magistério, determinado em lei no valor de R$ 1.187,97.

Os trabalhadores da educação incluem nas reivindicações a implementação correta do Plano de Cargos, carreira e Remuneração (PCCR). Infelizmente o governador Simão Jatene vem afirmando que concretizou o PCCR, entretanto, a maioria dos que trabalham na educação foi prejudicada pela redução salarial. O fato do Governo do Estado ter recorrido à Justiça, argumentando que o movimento grevista é abusivo, não condiz com a realidade.

Os profissionais da educação já vem tentando negociar com a atual administração do Estado há mais de nove meses. Até o momento não se chegou a uma negociação favorável à categoria, principalmente a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) em 100% do seu conteúdo. Mesmo sendo lei a ser cumprida pelo governo, o piso salarial até o momento só foi pago aos professores R$ 27,00.

Diante de tal situação, a greve já atinge 70 municípios do Pará. Em Belém, a paralisação é de 80%, mesmo que o governo tente enfraquecer com ameaças o movimento em vez de negociar de maneira clara e honesta.

Por: José Alves

Fonte: http://www.oimpacto.com.br/artigos/jatene-nao-valoriza-educadores/#comment-20120

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