sábado, 22 de outubro de 2011

ATO PÚBLICO DIZ À POULAÇÃO DE CASTANHAL QUE A EDUCAÇÃO VAI MAL

        O município de Castanhal, na última quinta-feira, 20 de outubro,  foi mais uma vez palco de denúncia do descaso do governo do estado com a educação pública. A categoria dos trabalhadores em educação do estado do Pará,  fez um grande ato público na cidade. A concentração foi em frente à escola Cônego Leitão, na Praça da Matriz, centro da cidade. Os trabalhadores saíram em marcha soprando apitos e batendo em panelas a fim de chamar a atenção dos moradores da cidade para a  situação educacional precária em que se encontram as escolas públicas. Seguiram pela Avenida Barão do Rio Branco, passando em frente ao Banco do Estado (BANPARA), o qual, simbolicamente, representa o gigantesco ponto de interrogação que se faz junto à categoria no que diz respeito ao destino das verbas destinadas à educação no estado,  pois o  governador, Simão Jatene, insiste em afirmar que não  há dinheiro para investimento no setor, por mais que os números nas contas do estado   digam o contrário, que há verba suficiente para ser aplicada de maneira administrativamente coerente e responsável, sem prejudicar nenhum outro programa social ou econômico do governo e por mais que este seja um dos setores de prioridade em um programa de governo.
Trabalhadores na BR em frente a MP

O ápice da marcha foi a parada em frente ao prédio do Ministério Público, Casa que recebeu, na figura de seu promotor,  uma comissão de trabalhadores para ouvir as denúncias feitas em relação à situação precária em que se encontram as escolas estaduais do município, orientar com relação ao que é da competência dessa Casa, esclarecer que o órgão já se encontra com dois processos em andamento relacionados às condições físicas impraticáveis em duas escolas, uma delas o ROTARY,   e o que deve ser encaminhado aos outros órgãos do Judiciário, como o PISO SALARIAL. Ficou acordado que os outros profissionais também iriam reunir provas das más condições de seus locais de trabalho para apresentar à Casa.
No discurso da categoria durante o ato público estavam a LEI do  PISO SALARIAL (que para 2011 é de R$ 1.187, 97), cujo valor o governo insiste em não pagar integralmente, tendo proposto em audiência do último dia 19, parcelar em 24 meses os R$66,00 restantes para se alcançar o pagamento total do piso de 2011, o que logicamente não foi aceito pela categoria; a questão PCCR; a violência que assola a comunidade escolar, dentre outras mazelas sociais que refletem o abandono em que se encontra a educação, além do desabafo e indignação pela falta de condições de trabalho e estudo.

Marcha, foi nisso que o ato público se transformou, em uma grande marcha pela educação, não pela quantidade de trabalhadores, que, apesar de considerável número, foi modesta em relação à conhecida (o)pressão sofrida pela categoria, mas pela repercussão perante não só à  sociedade  castanhalense, mas todo o estado, já que a notícia da marcha recebeu nota nos meios de comunicação mais populares do estado, como os jornais de grande circulação, emissoras de TV e rádio local. No que tange à publicação dos fatos, este blog tem o dever moral de esclarecer os reais fatos ocorridos neste 20 de outubro. De fato ocorreu o fechamento da Br-316 no perímetro próximo ao prédio do Ministério Público por mais de uma hora pelos trabalhadores. Consequentemente, tivemos a presença da Polícia Rodoviária Federal, que foi se inteirar do que estava acontecendo,como era de se esperar, pediram uma previsão de quanto tempo levaríamos para desobstruir a via,o que foi estimado em 30 ou 40 minutos pelo SINTEPP, pois foi o tempo estimado de conversa com o promotor, e só... O movimento foi 100% pacífico, sem enfrentamentos com a Polícia militar ou quaisquer outros aparelhos do estado.                 


Daniele de Sousa Santos
(professora de Língua Estrangeira do  município de Ourém, pela  14ª URE de  Capanema, filiada ao SINTEPP, sub-sede Castanhal).

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